Nossos Palestrantes

Dr. Lamartine Lima – Responsável pela Conferência de abertura do Seminário, Lamartine Lima é um dos mais respeitados estudiosos do cangaço. Ligado intelectualmente ao mestre Estácio de Lima – criador do Museu do Cangaço e cientista que escreveu o “Mundo estranho dos Cangaceiros” – livro clássico sobre o tema, Lamartine também realizou criteriosos estudos sobre o assunto, baseados em persistente pesquisa e na convivência que teve com inúmeros cangaceiros, presos em Salvador, e acompanhados pelo Dr. Estácio. É membro do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia – IGHB e do Instituto Baiano de História da Medicina. Alagoano de nascimento recebeu recentemente o Título de Cidadão Baiano.

Vanja Orico – Grande estrela do cinema brasileiro e internacional, Vanja que é também cantora, foi a protagonista feminina do filme “O Cangaceiro”, premiado em 1950 no Festival de Cannes na França e que será exibido durante nosso evento, tendo ela e Roque Araújo como debatedores.

Oleone Coelho Fontes – Escritor baiano com vasta produção literária e significativa contribuição a historiografia baiana e brasileira. Oleone é autor dentre outras publicações dos livros “Rua Chile”, “Moreira César”, biografia do famoso corta-cabeças que morreu em Canudos, “Uauá Terra dos Vagalumes” e sobre o cangaço escreveu o referencial “Lampião na Bahia” , tema da sua palestra. Atualmente prepara livro sobre a passagem de Euclides da Cunha na Bahia, em 1897, como repórter do jornal Estado de São Paulo, encarregado de cobrir o conflito.

Roberto Dantas – Professor e pesquisador da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, onde no momento Coordena o Projeto “A Caminho dos Sertões de Canudos”. Roberto Dantas também é o diretor e criador do documentário “A Bahia em Movimento” e tem trabalhos publicados sobre Canudos, em parceria com Manoel Neto, também da UNEB. Tendo realizado várias entrevistas com velhos moradores do sertão, especialmente em Monte Santo, Roberto Dantas recolheu precioso material em vídeo que apresentará durante sua fala.

Eldon Dantas Canário – Nasceu e se criou na segunda Canudos, cidade reconstruída após a destruição do arraial conselheirista, em 1897. Escritor com vários romances publicados, Eldon fez da história de sua gente a principal matéria do seu fazer literário. Autor de obras como “Canudos”, “Canudos – A Barragem da Ilusão” e “Os Mal Aventurados do Bello Monte”, obra em que conta sob a ótica romanesca a saga de Antonio Conselheiro e seu povo, ele escreveu também “Cativos da Terra”, romance autobiográfico em que narra, inclusive, a passagem de Lampião em “terras do Conselheiro”, assunto da sua conferência.

Antonio Fernando de Araújo Sá – Professor da Universidade Federal de Sergipe, Antonio Fernando tem desenvolvido estudos e pesquisas sobre a História e a cultura popular do Nordeste, tendo realizado Mestrado e Doutorado sobre estes temas. Coordena na UFS o Grupo de Pesquisa “História Popular do Nordeste”.

Franklin Maxado – Intelectual e poeta profundamente vinculado a cultura popular, tema que sobre o qual tem amplo conhecimento. Cordelista reconhecido dentro e fora do Brasil, tem dado imensurável contribuição para preservar e divulgar a poesia popular, da qual como já afirmamos é notável representante. Dirigiu o Museu do Sertão, na Universidade Estadual de Feira de Santana, cidade onde vive e continua a escrever. Lampião e o cangaço faz parte da sua poética, assim como outros episódios da história e do imaginário nordestino.

Luitgarde Oliveira Cavalcanti Barros – Alagoana radicada no Rio de Janeiro, onde leciona na Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Antropóloga, com pós-doutorado concluído, a professora Luitgarde possui inúmeros trabalhos sobre religiosidade popular, tendo publicado “A Terra da Mãe de Deus”, onde estuda o padre Cícero Romão Batista e sua atividade em Juazeiro do Norte. Também tem se ocupado de Canudos, Caldeirão Grande e outros fatos históricos sucedidos no Nordeste. Sobre o cangaço escreveu “A Derradeira Gesta – Lampião e Nazarenos Guerreando no Sertão”, análise antropológica sobre o cangaceirismo.

Carlos Tadeu Botelho – Historiador e professor da Universidade Sudoeste da Bahia – UESB, Tadeu realiza estudos sobre a história do Nordeste, tema para o qual criou uma disciplina no Departamento de História da UESB. Apaixonado pela história do cangaço, atualmente conclui um trabalho sobre Corisco, onde recria a saga do famoso marido de Dadá.

Vera Ferreira – Neta de Lampião e Maria Bonita, Vera tem ao longo dos anos lutado para preservar a memória e a saga, não só dos seus avós, mas do cangaço de uma maneira geral. Propondo sempre que o tema seja rediscutido sob novas óticas e complementado por novas informações, ela produziu com Amaury Correia de Araújo o livro “De Virgolino a Lampião”, onde narram com detalhes e impressionante precisão a trajetória de homens e mulheres do cangaço.

Amaury Correia de Araújo – Dos mais respeitados e renomados especialistas em cangaço no Brasil, matéria a qual dedicou longos anos de pesquisas. Viajando por vários estados nordestinos onde o cangaço floresceu e se desenvolveu, pode recolher testemunhos de ex-cangaceiros, coiteiros, policiais, políticos e gente do povo que testemunhou aqui e ali, as peripécias de lampião, Corisco e outros bandoleiros. Autor de inúmeras obras sobre aspectos os mais diversos do cangaço. Escreveu dentre outros títulos “O Dia que Lampião Morreu”, notável e detalhada reconstituição dos acontecimentos de Angico.

Fábio Paes – Professor e historiador, mestre pela PUC-SP, Fábio é professor da Universidade Católica do Salvador e da Fundação Visconde de Cairú, além de músico e compositor com vários discos e cds lançados. Sertanejo nascido em Serrinha construiu uma obra musical visceralmente ligado ao homem e ao cenário sertanejo. Dos seus discos os mais conhecidos são “América Neblina” e “Canudos e Cantos do Sertão”, trabalhos de reconhecida qualidade poética e musical. Fábio também fez a Direção Musical do documentário “Paixão e Guerra no Sertão de Canudos”, de Antonio Olavo, como teve composições suas incluídas na trilha sonora do documentário “Vaqueiros – Canudos”, de Manoel Neto e Miguel Teles.